SOBRE MIM
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PRAZER EM CONHECÊ-LO. Meu nome é Iranildo Eloi dos Santos, sou casado com uma pequena-grande mulher, Marete, a mulher da minha vida, que há quatro anos têm sido minha companheira fiel e amorosa.

Nasci em 1978, em Poção de Pedras, uma cidadezinha quente no estado do Maranhão. Estado cuja beleza Gonçalves Dias imortalizou numa canção:

“Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores...”

Todos dizem, inclusive, meu registro de nascimento, que tenho 29 anos. Eles estão errados. Não tenho 29 anos, pois esses anos que afirmam que tenho são, precisamente, os que eu não mais tenho. São águas passadas, são flexas atiradas, são fósforos riscados. O que pra mim importa na verdade, são as coisas que estão vivas no momento, pois, como bem disse Jorge Luis Borges – o momento é a única coisa que realmente importa.

Meu gosto pela música é restrito, mas tento preservar o bom gosto, por isso ouço Asafe Borba, Musical Formosa, Sergio Lopes e outros que não transitam como antes no “mundo evangélico”. Na minha vitrola (vitrola é mais bonito) vez por outra me pego hipnotizado e embalado pelo romantismo de Oswaldo Montenegro e Ana Carolina, pela poesia de Tom Jobim, pela musicalidade de Ivan Lins, pela voz de veludo de Maria Rita.

Dos poucos livros que tenho na minha biblioteca, alguns autores se tornaram leituras quase que obrigatória: James M. Houston, Ricardo Gondim, Rubens Alves, Cecília Meireles, Santo Agostinho, Leonardo Boff, André Torres Queiruga.

Meu passa tempo favorito é ler, assentar numa roda de amigos e conversar sobre quase tudo ou sobre coisa alguma, comer o delicioso feijão feito pela minha esposa, dormir e acordar em seus braços.

Esse sou eu. Não tento agradar, não temo tentar, errar, me arrepender, voltar a trás, dar a mão a palmatória, pedir desculpas.

O que eu quero mesmo é reaprender a cantar,dançar, amar, brincar, assoviar. Quero fugir dos ruídos, dos aplausos, dos holofotes, das reuniões extraordinárias – do mundo dos heróis. Não quero seguir a rota dos “super espirituais” agora que descobrir que a verdadeira espiritualidade não nos torna mais espirituais, e sim mais humanos. Não viverei frustrado se não tiver nenhuma agenda, bom pra mim, só assim terei tempo de me relacionar com afeto e significado. Não temo sair do palco.

Dizem por ai que o mundo está carente de modelos e referênciais. Concordo. Mas não ouso à exemplo do apóstolo Paulo escrever: “Sede os meus imitadores...”.É muita responsabilidade pra um cara como eu! Aliás, estou convencido que não sou um homem exemplar, um marido exemplar, um amigo exemplar, um escritor exemplar (?), um filho exemplar, um pregador exemplar. Não sou exemplar em nada. Nem pretendo ser. Só quero ser eu, eu mesmo, eu...simplesmente.

Quero repetir com Oswaldo Montenegro: “Que as palavras que falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor. Apenas respeitadas”.

Um beijo no coração

Iranildo Eloi

São Paulo 11 de Fevereiro de 2008




SOBRE O BLOG

OLÁ, seja bem vindo a transparências da eternidade aqui fé e reflexão se encontram.

Creio existir centenas de razões do porque alguém decide criar um blog. São tantas que nem sei dizer. Criei este por não ter alternativas. Sou escritor, ninguém sabe disso, mas lá no fundo, nos meus sonhos...eu sei. Sei que escrever é mais do que um exercício, é um dom nato. Os mestres da literatura que o diga. Portanto, não me deixarei enganar – não nasci com esta dádiva que somente alguns poucos privilegiados têm. Sei que aquilo que escrevo é completamente carente de um toque de genialidade. Constato que preciso incorporar muito estudo, disciplina e leitura a minha agenda. Mas estou decididamente que – compensarei a falta de talento pelo esforço e disciplina. Li em algum lugar que nem todos os gênios são talentosos; alguns são esforçados. Estou de acordo.

O transparências da eternidade (este título devo a Rubens Alves) é um baú de minhas incertezas, angústias, desencantos, esperanças, amores, celebrações. São expressões da espiritualidade, da fé, da beleza, da vida. São transparências da eternidade.

Não tenho a mínima pretensão de querer ser o dono da verdade, nem muito menos ainda, a ingenuidade de ser um guardião da sã doutrina. Percebo ainda que tardiamente, que a minha alegada verdade é apenas uma possibilidade entre muitas outras. Por isso, não me comprometo a ser sempre coerente. Se necessário, vou duvidar, revisar, repensar, refazer, admitir que errei e, se por acaso, algum detentor da verdade eterna ou algum religioso cínico vier me acusar de liberal, incoerente ou mal resolvido doutrinariamente, farei pra ele um coro com o Raul Seixas: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".

Portanto, que fique bem claro que o transparências da eternidade não se destina a fazer apologias e a gerar discussões pra provar quem estar com a verdade ou não. Não quero converter ninguém, não quero convencer ninguém, não quero argumentar com ninguém, não quero causar uma boa impressão. Não quero me explicar. Não quero aparecer. Não tenho nenhum título de Dr., Rev., Bp, Ap., Pr., ou Conferencista. Meu nome é Iranildo Eloi (Iran pra os amigos), alguém que está disposto a ser esquecido, a passar pela vida como um anônimo. Mas quero, porém, guardar na memória os momentos vividos com minha mulher (Marete) minha família e amigos como tesouros inegociáveis.

Só me resta agradecer lhe a visita – MUITO OBRIGADO.

Este é o transparências da eternidade onde fé e reflexão se encontram.